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5. Análise estrutural da configuração económica

NÚMERO DE EMPRESAS

Número de Empresas por Espaço Geográfico

No ano 1996, o número de empresas presentes nos municípios que são objecto do estudo aproximou-se de 22.000, encontrando-se a maior parte na zona Industrial do Eixo Tui-Valença (doravante Industrial Tui), que contava com 18.874 dessas entidades, representando 86% do conjunto das firmas galegas que se analisam. Este espaço geográfico é extremamente importante, ao contar com um dos núcleos produtivos mais importantes da Galiza, como é o concelho de Vigo e a sua área de influência, na que se podem encontrar os municípios de O Porriño, Mos e A Guarda entre outros.

Algum dos municípios do que definimos como Eixo Tui-Valença (doravante Eixo Tui) serve como assentamento de 10% de entidades, que compreende 2.265 empresas, enquanto que o Eixo Verín-Chaves (a partir de ahora Eixo Verín), conseguiram-se localizar 818 entidades, que constituem 4% do número total de empresas da Galiza.

Número de Empresas por Sector

A maior percentagem de empresas pertence ao grupo de actividades que denominamos Serviços Qualificados, Do total das empresas analisadas, 37% pertencem a este grupo, que compreende 8.216 entidades. O outro ramo dos serviços que definimos e o dos O grupo das Serviços Profissionais, que compreende 4.575 empresas que constituem 21% do total da Galiza.

O grupo das Manufacturas, compreende 12% do total, e ao sector da Construção correspondem 11%.. Os sectores da indústria Alimentar e o ramo Primário da economia compreendem 2% cada um. A indústria Química contribui com 1% destas entidades e 13% das empresas ficariam sem classificar.

Número de Empresas por Área Geográfica e Sector.

En lo que respecta al reparto sectorial de empresas por eje, se constatan algunas diferencias de consideración en cuanto al peso relativo de cada sector en cada uno de los tres espacios geográficos de referencia.

Deste modo surge alguma diferença nas percentagens do sector mais numeroso, o sector dos Serviços Qualificados, que no Eixo Industrial de Tui representa 38% das empresas, relativamente aos 34% do Eixo Verín e 31,6% do Eixo Tui.

As empresas dos sectores de Construção e Serviços Profissionais apresentam algumas diferenças mais significativas entre os três espaços geográficos que no caso anterior. Assim, a percentagem de empresas do sector da Construção é mais elevada no Eixo Verín (21,4%) e no Eixo Tui (19,4%) que no Eixo Industrial de Tui, no qual atinge unicamente 9,7%.

No sector dos Serviços Profissionais a situação é inversa, visto que estas entidades representam 22,5% das unidades empresariais da Industrial de Tui, enquanto que no Eixo Verín atingem 12%, e 10,4% no Eixo Tui.

As empresas de Manufacturas nos Eixos Tui e Verín representam 18% do total, enquanto que no Eixo Industrial de Tui a percentagem é somente de 11%.

A indústria Alimentar atinge 3,75% no Eixo Tui, 3% no Eixo Verín e 1,6% na zona Industrial de Tui. Quanto à indústria Química, só 0,7% das empresas do Eixo Verín pertencem a este sector. As percentagens correspondentes aos Eixos Tui e Industrial de Tui são, respectivamente, 1,4% e 1,3%.

Número de Empresas conforme as suas Dimensões

O conjunto das empresas estudadas nesta análise no território da Galiza é de pequena dimensão no que diz respeito ao número de empregados. Do total das empresas das quais se conhece o seu número de trabalhadores, 66% empregava menos de quatro pessoas (1-3 no gráfico 4); 21% têm menos de 11 e mais de 3 trabalhadores, e 8% têm mais de 10 e menos de 25. Se considerarmos os dados anteriores, comprovamos que 95% das empresas têm menos de 25 empregados.

A percentagem de empresas com mais de 25 e menos de 50 trabalhadores, é de 3%. As empresas com mais de 50 e menos de 100 trabalhadores (50-99) representam 2% do total. A mesma percentagem corresponde àquelas que empregam mais de 100 e menos de 300 pessoas. As empresas com mais de 300 empregados são apenas 0,3%.

NÚMERO DE TRABALHADORES

As empresas antes estudadas empregam 191.911 pessoas no total. A maior parte deles residem na zona Industrial do Eixo Tui, o que é lógico tendo em conta que uma grande percentagem das empresas referidas encontram-se situadas nesta zona.

Emprego por Espaço Geográfico

A parte Industrial do Eixo Tui concentra 91,65% dos trabalhadores considerados nesta análise, totalizando 175.893 pessoas. Dos restantes trabalhadores, 6% têm como local de trabalho algum dos municípios situados no Eixo Tui, e 2,3% têm-no no Eixo Verín.

Emprego por Sector

No que se refere ao emprego, a situação é diferente da descrita relativamente ao número de empresas, sendo menor o número de pessoas empregadas pelo sector de Serviços Qualificados que o número dos trabalhadores do sector de Manufacturas.

Os serviços contribuem com cerca de 40% do total de empregos da zona estudada, com 20% (36.557 pessoas) dos Serviços Profissionais e 19% (37.597 trabalhadores) dos Serviços Qualificados.

O subconjunto mais importante é o das Manufacturas, que contribui com 23% dos postos de trabalho (43.678).

O sector da Construção Civil emprega 14.880 trabalhadores, o que representa 8% do total dos postos de trabalho. A indústria Química (7.026) emprega 4%, a mesma percentagem empregada pela indústria Alimentar (6.995). O sector Primário emprega somente 2% dos trabalhadores das empresas introduzidas na análise (4.511).

Distribuição do Emprego por Eixo e Sector

No Eixo Verín-Chaves o peso do sector de Manufacturas é muito significativo, contribuindo com 32% do emprego. O sector da Construção Civil, o segundo mais importante, emprega 21% dos trabalhadores.

Los Servicios Cualificados aportan un 18% de esta población ocupada, por un 12% de los Servicios Profesionales. La industria Alimentaria aporta un 5%, mientras que la Química contribuye con un 1%.

No Eixo Tui-Valença é onde se verifica uma distribuição mais uniforme do emprego em função do sector de produção, embora o sector de Manufacturas continue a ser o mais importante, com 27%, seguido do sector da Construção Civil, com 18%.

Os Serviços Qualificados representam 17% desta variável, sendo os sectores da indústria Química e o Primário os seguintes em importância, com 10% cada um deles. Por sua vez, os Serviços Profissionais representam 8%, e a indústria Alimentar contribui com 3% dos postos de trabalho.

Na zona Industrial do Eixo Tui os postos de trabalho distribuem-se da seguinte forma: 65% nos serviços e na indústria de manufacturas, com 23,4% nas Manufacturas, 21,6% nos Serviços Profissionais e 20,2% nos Serviços Qualificados.

O sector da Construção Civil emprega 7% dos trabalhadores, a indústria Alimentar, 3,8% e a Química, 3,5%. O sector Primário contribui com 2%.

Distribuição do Emprego consoante o Tamanho da Empresa

A maior percentagem de trabalhadores encontra-se naquelas empresas que empregam menos de 25 pessoas (41%), encontrando-se 11% no subgrupo de 1 a 3 empregados, 15% no de 4 a 10 e os restantes 15% no de 11 a 24.

Dos subgrupos definidos, o mais notável é o das grandes empresas (aquelas com mais de 300 trabalhadores), que empregam 22% do total. As entidades que empregam de 100 a 299 trabalhadores representam 15%, e as empresas com mais de 24 e menos de 50 contribuem com 12%. Os restantes 10% são empregados nas firmas com mais de 25 e menos de 100 trabalhadores.

VOLUME DE FACTURAÇÃO

O volume de vendas obtido pelas empresas analisadas alcançou no ano de 1996 aproximadamente 13.500 Meuros[1] (Milhões de Euros), equivalentes a 2,25 biliões de pesetas e a 2,71 biliões de escudos. A maior parte foi gerada na zona Industrial do Eixo Tui-Valença. O sector das Manufacturas gerou a maior percentagem deste volume.

Distribuição da Facturação por Eixo

Como já foi referido, a zona Industrial do Eixo Tui-Valença contabiliza a maior parte das receitas provenientes de vendas das empresas introduzidas neste estudo. Concretamente, 12.848 Meuros, 95% da facturação, tiveram a sua origem neste espaço económico, tendo uma grande importância relativa neste conjunto o município de Vigo, que contribui com 77%.

O resto do Eixo Tui-Valença contribui com 3,7% da facturação, o que totaliza 492 Meuros, confrontados com os 160 Meuros do Eixo Verín-Chaves.

Distribuição da Facturação por Sector

O sector de Manufacturas gera 48% do volume de vendas, enquanto que os Serviços Qualificados contribuem com 27% do total. Os Serviços Profissionais contribuem somente com 8%, e a indústria Alimentar com 7%.

O sector da Construção Civil, por sua vez, gera 4% do total, e 3% cada um os sectores da indústria Química e Primário.

Distribuição da Facturação consoante o Tamanho das Empresas

Uma grande parte das receitas dos municípios que se introduziram no estudo é gerada por aquelas empresas que contam com mais de 300 trabalhadores, dado que geram 38% destas receitas. As empresas de tamanho médio (de 100 a 300 trabalhadores) contribuem com 13% da facturação, sendo a mesma quota de mercado que a correspondente às empresas com mais de 10 e menos de 25 trabalhadores.

As entidades que têm de 4 a 10 trabalhadores possuem uma quota de mercado de 10%, muito parecida com a correspondente aos grupos com mais de 25 e menos de 100 trabalhadores, dado que, quer o grupo das empresas com 25 a 50 trabalhadores quer o grupo com 50 a 99 trabalhadores têm uma quota de 9% das vendas.

Por último, mas não o menor, situa-se o grupo das empresas com menos de 4 trabalhadores, as quais geram 9% do total das vendas.


[1] Os dados originais vinham expressos em pesetas de 1996, tendo sido actualizados com base na evolução do Índice do Custo de Vida, fornecido pelo INE baseando-se no índice geral de 1992 e aplicando ao dado actualizado a taxa de câmbio fixada para a peseta e o euro, que é de 166,386 pesetas por euro. Os valores em escudos obtêm-se multiplicando o valor em euros pela taxa de câmbio destes em escudos: 200,482 escudos por euro.