5. Análise estrutural da configuração económica
5.2 Configuração socioeconómic
5.2.2 Indicadores socioeconómicos do Norte de Portugal
POPULAÇÃO DA ÁREA DO NORTE DE PORTUGAL
Nesta análise da Região Norte de Portugal, vimo-nos limitados no que diz respeito à disposição de informação ao nível municipal, pelo que fizemos referência ao nível de integração mais próxima a eles do que já existisse informação, que para o caso da população e superfície correspondia-se com o de sub-região: Alto Trás-Os-Montes, Cávado e Minho-Lima expostos pelo instituto Nacional de Estatística de Portugal, existindo uma representação exagerada nos primeiros casos, visto que no Minho-Lima, a sub-região acolhe só municípios que são objecto do estudo.
Tendo em conta esta anotação, expõem-se a seguir alguns dos principais indicadores populacionais desta região.
Distribuição da População
As pessoas residentes nos distritos aos que pertencem os 16 municípios portugueses objecto do estudo foram 846.540 no ano de 1996, que representariam 24% da população residente na Região Norte de Portugal, que era de 3.544.780 pessoas nesse mesmo ano de 1996.
A sub-região do Cávado (composta por seis municípos, dos quais só três estão integrados no Eixo Valença-Tui: Amares, Terras do Bouro e Vila Verde), é a que contaria com uma percentagem maior de população, que, no entanto, vem determinada de uma forma importante pela entidade considerável de Braga, que não é um dos espaços nosso objectivo.
A sub-região do Minho Lima (composta por dez municípios, todos eles incluídos no Eixo Valença-Tui) contaria com 29% dessa população.
Por último, a sub-região do Alto Trás-Os-Montes (composta por 14 municípios, dos quais unicamente 3 integraram-se no Eixo Chaves-Verín: Chaves, Montalegre y Vinhais), contaria com 27% dessa população.
DISTRIBUIÇÃO DA SUPERFÍCIE
Apesar da menor importância económica e populacional, da sub-região do Alto Trás-Os-Montes (Eixo Chaves-Verín) compreende uma parte considerável da superfície da área fronteiriça de Portugal com a Galiza, 8.170,2 Km2, 70% dos 11.623 Km2 de todo o espaço considerado.
A sub-região do Minho Lima com 2.210,3Km2 representa 19% da superfície, perante 11% que presupõem os 1.242,6 Km2 do Cávado (ambos espaços integrados no Eixo Valença-Tui)
DENSIDADE POPULACIONAL
O conjunto de municípios que se estão a analisar neste capítulo, que, tenhamos presente, superam os 16 que são o objecto do nosso estudo na zona Norte de Portugal, mostra uma densidade média de população de 72,83 habitantes por Km2 que é inclusive inferior à metade da mostrada por toda a Região Norte de Portugal, que é de 166,6 habitantes por Km2.
No entanto, aquele algarismo esconde enormes diferenças dentro do espaço considerado: como é de esperar, ao analisar os dados da população e superfície, vai existir uma zona com uma muito baixa densidade populacional, como a sub-região do Alto Trás-Os-Montes (Eixo Chaves-Verín), que não supera os 27,6 habitantes por Km2 no ano 1996, dado que contando unicamnte com 11% da população chegava a compreender 70% da superfície, fazendo diminuir a média global da Zona Eurest.
Já sobre a média desta Zona Eurest, mas por baixo da média da Região Norte, estabelece-se a sub-região Minho Lima, com 112,9 habitantes por Km2, que é claramente superada, sendo quase triplicada, pela do Cávado, que conta em média com 298,6 habitantes por cada Km2 da sua superfície, pelo que a média do Eixo Valença-Tui passa para 179,75 habitantes por Km2
Nº DE AGÊNCIAS BANCÁRIAS
O equipamento dos Bancos, Caixas Económicas e Caixas de Crédito Agrícola Mutuo (INE.Portugal.1997-98) em 1996 totalizava as 307 sucursais, que totalizavam 23% das agências situadas na Região Norte de Portugal.
Agências por Espaço Geográfico
A distribuição por sub-regiões mostra uma distribuição muito homogénea entre as três áreas de referência, visto que tanto o Alto Trás-Os-Montes (106 agências) como o Cávado (104) contam cada um com 34% das sucursais da área fronteiriça, em comparação com 32% da sub-região do Minho Lima (97), com o qual, o Eixo Valença-Tui contaria com 66% das agências,em comparação com 34% restantes do Eixo Chaves-Verín.
Agências Bancárias por cada 10.000 Habitantes
O coeficiente entre o número de Agências bancárias e a população (medida em dezenas de milhares) sofre uma certa variação dentro da Zona Eures, que conta com uma média de 3,63 sucursais por cada 10.000 habitantes, em comparação com uma média de 3,78 na Região Norte de Portugal.
Sendo estes valores baixos, se se comparam com os da Galiza, que apresenta uma média de 9 sucursais por 10.000 habitantes, no caso do Cávado a diferença é notória, dado que não alcança um rácio de 3 entidades por cada dez mil pessoas (2,8).
Os indicadores do Minho Lima (3,89) e Alto Trás-Os-Montes (4,69) apresentam uns valores mais elevados, mas isto não significa que sejam melhores, dado que não chegam a superar (em média) as cinco entidades por cada 10.000 habitantes.
COMUNICAÇÕES
Número de Linhas de Telefone
O número de linhas de telefone presentes nas três sub-regiões que se analisam foi estimado em 254.000, o que representaria 24% do conjunto dos telefones da Região Norte de Portugal no ano de 1996.
A maior proporção de telefones encontra-se na sub-região do Cávado, que contribui com 44% das linhas (111.300), com certeza graças ao Eixo socioeconómico de Braga, que se situa nesta sub-região.
Na sub-região do Minho Lima instalaram-se 29% destas linhas de comunicação (74.895), o que faz com que no Eixo Valença-Tui se concentrem 73% dos telefones da Zona Eurest.
A quota correspondente ao Alto Trás-Os-Montes é 27%, a mesma que a que corresponde à sub-região do Eixo Chaves-Verín.
NÚMERO DE LINHAS DE TELEFONE PER CAPITA
O valor deste parâmetro era idêntico em todos os espaços de referência, com uma média de 0,3 telefones per capita em 1996, incluindo a Região Norte de Portugal, conforme a informação fornecida pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal, com dados da Portugal TELECOM.