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5. Análise estrutural da configuração económica

RECENSEAMENTO DOS HABITANTES DO SUL DA GALIZA

Distribuição da população

A população recenseada nos 49 municípios que servem de referência ao presente estudo alcança os 542.503 habitantes, que representam 20% da população galega. A maior parte destes habitantes encontram-se nos municípios enquadrados na, por nós, denominada zona Industrial do Eixo Tui-Valença, que conta com 389.660 pessoas recenseadas (71% da população fronteiriça).

As outras duas demarcações contam já com uma dimensão mais modesta e similar entre elas, visto que no Eixo Verín-Chaves, estão recenseadas 79.455 pessoas (15%), enquanto que no Eixo Tui-Valença estão 73.388, ou seja 14% da população.

Superficie y Densidad de Población

No que diz respeito à distribuição da superfície, já existe uma configuração muito diferente, dado que a zona do Eixo Verín-Chaves abarca uma parte importante da extensão deste espaço fronteiriço. Concretamente, 2.449 Km2 dos 3.849 Km2 que possui o Sul da Galiza enquadram-se neste espaço fronteiriço, representando 64% deste território, que por sua vez supõe 13% da superfície de toda a Galiza.

A parte Industrial do Eixo Tui-Valença conta com 21% da superfície territorial desta zona fronteiriça, perante os 15% que o espaço limítrofe do Eixo Tui-Valença ocupa. Esta divisão pode ser observada no gráfico 2.

No respeitante à densidade populacional, e como resultado da configuração apresentada nos capítulos anteriores, vai existir uma grande divergência entre os diferentes espaços geográficos estabelecidos, encontrando-se a média do conjunto de municípios fronteiriços em 141 habitantes por Km2 em 1996.

Desta forma, a média dum dos Eixos (el de Verín-Chaves), vai estar muito por baixo da média galega, que é de 93 habitantes por Km2, enquanto que os outros dois estarão dentro da média, sobretudo a parte Industrial do Eixo Tui-Valença.

Os valores apresentados pelos municípios do espaço geográfico do Eixo Verín-Chaves têm uma média de 32 pessoas por Km2, que é a terceira parte da média do conjunto da Comunidade Autónoma da Galiza.

O Eixo Tui-Valença situa-se sobre a média autonómica, ao alcançar um rácio de 125 habitantes por Km2, o que supera a média em 35 %.

A zona Industrial do Eixo Tui-Valença mostra um indicador muito elevado de 479 habitantes por Km2, chegando a ser até cinco vezes superior à média da comunidade autónoma.

RECENSEAMENTO DE VIVENDAS

Distribuição das Vivendas pelo Espaço Geográfico

No recenseamento da população e das vivendas do ano 1991 havia 213.823 lares nos 49 municípios introduzidos na área fronteiriça da Galiza, os quais representavam 19% de todas as vivendas habitáveis na Galiza em 1991.

Uma percentagem de 66% destas vivendas estão radicadas nos municípios da zona Industrial do Eixo Tui-Valença que eram 140.259 nesse ano de 1991. No Eixo Verín-Chaves, foram construídos 21% desses lares, no total 45.660 domicílios. No Eixo Tui-Valença situam-se 13% das residências que se analisam: 27.904.

Adscrição das Vivendas Conforme o seu Uso

Como é lógico, uma boa parte dos domicílios têm como destino o seu uso como Vivenda Principal, 71% em toda a zona fronteiriça (Total Eures). A média da Galiza é, por sua vez, de 70%.

Apesar de tudo, existem algumas diferenças a considerar dentro da área fronteiriça estudada, visto que na parte Industrial do Eixo Tui-Valença Valença a percentagem de vivendas principais eleva-se a 75%, como consequência de haver uma maior concentração de pessoas, tal como se mostrou na distribuição de população e se confirmou posteriormente ao expor as densidades de população.

No outro extremo situar-se-ia o Eixo Verín-Chaves, que mostra uma percentagem de vivendas de uso principal de unicamente 60%, como consequência da menor concentração de habitantes, que inclusive tende a diminuir o seu recenseamento de habitantes, como resultado da despovoação rural.

No centro, e na média da Comunidade Autónoma, situa-se o Eixo Tui-Valença, que possui em média 70% das suas vivendas para uso como residência principal.

Concentrando a nossa atenção noutra categoria de lar, a da Vivenda Secundária, constata-se igualmente uma coincidência nas médias globais, que tanto no caso fronteiriço (Total Eurest) como em toda a Galiza são de 11%, tornando a existir as mesmas diferenças que no caso anterior, mas de um modo inverso, dado que as vivendas secundárias neste caso associam-se mais à menor densidade populacional.

Assim, no Eixo Verín-Chaves é onde existe uma maior proporção de vivendas secundárias, alcançando 15%, que no caso do Eixo Tui-Valença fica em 14%. A parte Industrial do Eixo Tui-Valença conta com unicamente 9% de segundas residências.

No caso das Vivendas Vazias dá-se uma discrepância entre as médias globais, ao ter o conjunto  da Comunidade Autónoma uma percentagem maior (17%), que a zona fronteiriça (15%).

Da mesma maneira, como acontecia nas vivendas secundárias, o Eixo Verín-Chaves conta com a maior proporção de vivendas sem ocupar, 22%, o que supera em muito qualquer uma das médias analisadas. O que se aproxima mais é o Eixo Tui-Valença que possui 14%, em comparação com 12% da zona Industrial do Eixo Tui-Valença.

Nº DE AGÊNCIAS BANCÁRIAS

Agências por espaço Geográfico

O equipamento das sucursais de bancos, caixas económicas e cooperativas de crédito a 31/XII/1996 nesta zona fronteiriça aproximava-se do meio milhar (484), representando 20% de todas as Agências presentes na Comunidade Autónoma da Galiza.

A distribuição por eixos mostra uma concentração de 67% na zona Industrial do Eixo Tui-Valença, em comparação com 23% que se encontram no Eixo VerínChaves. Os restantes 10% estão estabelecidos no Eixo Tui-Valença.

Agências Bancárias por cada 10.000 Habitantes

A relação entre o número de sucursais de bancos e a população do espaço em que se encontram, mostra uma proporção similar no conjunto da zona fronteiriça galega e no total da Galiza, com uma média de 9 entidades por cada 10.000 habitantes.

COMUNICAÇÕES

Número de Linhas de Telefone

O número total de linhas de telefone da zona Eurest, alcança o valor de 186.406 unidades, 20% do total da Galiza, que é de 941.276 linhas (IGE, 1998).

No espaço denominado por Industrial do Eixo Tui-Valença encontram-se 70% (142.279 linhas), enquanto que os restantes 24% distribuem-se entre 13% do Eixo VerínChaves (23.551 linhas), e 11% do Eixo Tui-Valença (19.576 linhas de conexão telefónica).

Número de Linhas de Telefone per capita

De novo, neste parâmetro torna a existir uma convergência de valores nos dois espaços globais, isto é, o conjunto da Galiza por uma parte, com uma média de 34,32 linhas por cada 100 habitantes (IGE, 1998) e o conjunto de Municípios da zona Eurest por outra, com uma média de 34,36 linhas por 100 habitantes.

Apesar disto, dentro da zona fronteiriça existem, mais uma vez, diferenças significativas, dado que o espaço Industrial do Eixo Tui- apresenta uma relação de 36,77 linhas de telefone por cada 100 habitantes, o que se aproxima um pouco mais aos valores do conjunto do resto de Espanha, que está pelas 39 linhas por cada 100 habitantes (IGE, 1998), os que também não são dos mais destacados entre as economias ocidentais.

Por outro lado, o Eixo Tui-Valença mostra um rácio de 26,68 linhas de telefone por cada centenar de pessoas, situando-se por essa razão a uma distância considerável dos valores de referência mais globais.

Entre ambos os espaços encontra-se o Eixo VerínChaves,

com uma média de 29,64 linhas por cada 100 habitantes, também bastante distanciado das médias autonómica e nacional.

NÚMERO DE AUTOMÓVEIS

O número de veículos automóveis com que esta zona fronteiriça contava em 1996, alcançou o valor de 207.699 veículos ligeiros, o que representava nesse mesmo exercício 20% dos 941.276 radicados na Galiza (IGE, 1998).

No que se refere à sua distribuição pelo espaço de referência, constata-se que 76% é adscrito à zona denominada Industrial do Eixo Tui-Valença, que conta com 157.514 automóveis.

Os restantes 24% repartem-se de igual modo (12%) entre os outros dois espaços, ao ter o Eixo VerínChaves 25.217 veículos ligeiros e o Eixo Tui-Valença 24.968.

Número de automóveis per capita

Este parâmetro pode dar informações acerca do nível de motorização de uma sociedade capitalista moderna, ao relacionar o número de automóveis ligeiros com a população assentada no território de referência. Nesta ocasião existe uma diferença de dois automóveis entre as médias globais da Comunidade Autónoma e as da Zona Eurest, a favor da segunda, ao contar com uns rácios de 36 automóveis por cada 100 habitantes e 38,2, respectivamente.

O espaço Industrial do Eixo Tui-Valença conta com uma média de 40,4 veículos por 100 habitantes, situando-se entre as médias de referência, também sobre a espanhola, que era de 37,2 em 1996 (IGE, 1998).

Sob quaisquer das médias globais de referência, encontram-se as outras duas áreas fronteiriças, ocupando a posição mais desfavorável, a área do Eixo VerínChaves que apresenta uma relação de 31,7 automóveis ligeiros por cada 100 habitantes, face aos 34 que tem de média o Eixo Tui-Valença.