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1. Proposta da investigação

Os Estados Membros estão a desenvolver esforços para facilitar a transição da Comunidade Económica Europeia para a União Europeia, esforços que se enquadram num contexto político e social no que o nível de idoneidade das medidas adoptadas manifesta-se primeiramente nos espaços transfronteiriços onde se podem propor soluções que potenciem o dinamismo e a fluidez da corrente integradora.

A mobilidade de trabalhadores transfronteiriços nos sectores produtivos gera impactos nas regiões de intercâmbio, quer a nível socioeconómico quer a nível de emprego e de mercado de trabalho.
Assim, um estudo debruçado sobre as relações existentes entre o Norte de Portugal e o Sul da Galiza analisará o fluxo de intercâmbios em dois níveis:
- Constituição e movimento de empresas.
- Contratação em ambos espaços socioeconómicos.

O transvase de trabalhadores transfronteiriços existente não responde aos critérios de integração e eficácia, situação que implica o aparecimento de conflitos em duas áreas:
- Laborais, derivados da inadequação quantitativa e qualitativa destes trabalhadores.
- Sociais, derivados da incorporação num modelo de sociedade que ainda que próximo, não reflete inteiramente a identidade sociocultural do trabalhador fronteiriço.

As realidades geradas pelas actividades económicas que acolhem trabalhadores transfronteiriços, requerem uma organização de fluxos de acordo com as flutuações existentes no mercado de trabalho, assim como, uma programação de acções com tendência à obtenção de informação básica sobre as características da oferta de trabalhadores às regiões que os acolhem, o que permitiria orientar e canalizar o espaço transfronteiriço.